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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em reunião da Assembleia de Deus, Serra ora, lê Bíblia e diz que sua família está sendo atacada

Sem medo de diálogar leia e me diga "O QUE VOCÊ ACHA DISSO?"

José Serra leu a Bíblia, orou junto, recebeu bênção e cantou hinos de louvor. Assim foi a passagem relâmpago de José Serra por Foz de Iguaçu (PR) nesta terça-feira (26), um dia de compromissos de campanha para o Planalto em mais três Estados.
Com um “na paz do Senhor”, o candidato tucano abriu e fechou sua participação no congresso que comemorou os 50 anos da Assembleia de Deus no Paraná, que acontece em hotel no caminho das Cataratas do Iguaçu.
A pedido dos pastores evangélicos, Serra leu parte da Bíblia, previamente escolhida por ele. O trecho escolhido foi do Velho Testamento que fala de Salomão e o pedido desse rei a Deus por sabedoria. “Eu também quero sabedoria. E peço que vocês rezem para que eu tenha sabedoria”, disse.
O pastor Ival Teodoro da Silva, líder dessa denominação evangélica no Estado, puxou o cântico “Deus te ama”, uma prece de braços levantados e ainda afirmou que tem "orado pelo senhor” para o tucano.
Assim como sua rival petista, Serra deu uma guinada religiosa neste segundo turno da eleição presidencial. Entre a “família assembleiana”, se mostrou familiarizado com os rituais e as falas. Em uma oração mais comovente, ele até fechou os olhos e seguiu as frases do pastor.
Além disso, respondeu seis perguntas feitas pelo público e previamente selecionadas pelos líderes da igreja. Não faltou a tradicional pergunta sobre aborto e casamento gay.
Depois de falar que a família é “a célula da sociedade”, o tucano disse que a sua está sendo atacada nesta campanha. “Só falta falarem que meu neto de sete anos puxou a orelha de um colega. Já mexeram nas contas da minha filha e já falaram mentiras de minha mulher. O que mais falta? Desde o descobrimento do Brasil, nunca se falou tanta mentira”, protestou para a plateia.
Ele aproveitou para atacar sua adversária na corrida presidencial, a petista Dilma Rousseff. “Minha rival mostra a intolerância do punho fechado e nos mostramos o abraço fraterno da solidariedade. Nós devolvemos com a verdade. Jesus é a verdade e a Justiça”, citou, repetindo trecho bíblico que usou em santinhos de campanha.
Aproveitando a posição geográfica, ele falou de segurança, lembrando que a região da Tríplice Fronteira é a grande porta de entrada de drogas e armas. “Precisamos de um batalhão de fronteira para proteger nosso território e reduzir a criminalidade”, disse, repetindo uma proposta anterior.
E não poupou elogios ao Paraná, onde tem a maioria dos votos: “O Paraná é o irmão mais novo de São Paulo: me sinto sempre em casa.” Muitos carros no estacionamento do local tinham a inscrição “Beto é Serra”, mas o governador eleito do Paraná, Beto Richa, faltou ao encontro com Serra na fronteira.
O clima era de muita adesão tucana no local, apesar de a organização declarar que Michel Temer deve estar por lá após a chapa rival ter sido convidada também a estar por lá esta semana. Muitas bandeiras de Serra estavam fincadas no gramado diante do hotel e vários seguidores da Assembleia de Deus estavam com o adesivo de Serra ao lado de broches com figuras cristãs.
Depuado federal André Zacharow. “Essa reunião é para ver como ele se sai diante da palavra de Deus. Ele não é um dos nossos, mas temos que votar”, disse o deputado federal André Zacharow, um dos eleitos da bancada evangélica.
Uma das perguntas dos evangélicos foi sobre a defesa de Israel por ser o berço do cristianismo e a relação com o Irã, cujo regime é o principal antagonista dos israelenses no Oriente Médio. “Não podemos ter carinho ou ser amigos de ditaduras. Só relação diplomática e nada mais”.
Serra saiu apressadamente do local, afinal, tinha comício marcado para Caxias do Sul (RS) duas horas depois. Ficou para trás o congresso religioso, que contava com feira de negócios com venda de púlpitos de acrílico, músicas gospel, instrumentos musicais e óleos para unção. “Na paz do Senhor” repetiam os presentes.


Guilherme La Serra

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estamos pirateando o evangelho?

Por Fabio Chalela

Olá caros transeuntes deste blog que deseja pensar.
Hoje vendo um filme na faculdade na aula do professor Jonathan (Teologia Contemporânea e Ética) vi no inicio a propaganda dizendo sobre ao males em se comprar filmes piratas.
Isto chamou á atenção de alguns alunos que junto ao professor decidiram marcar uma data para falar sobre o assunto e outra coisa me fisgou:
_ A pergunta crua, simples e pontual- o evangelho que vivo e prego não tem sido pirata?
Pirata é o homem ou mulher que, segundo a historia, navega os mares para roubar navios e sua tripulação, mas no popular pirata é algo que veio do original, mas não é original e também chamado comumente de genérico.
O evangelho parece que em sido tratado como pirata, barato, popular (no sentindo de sem qualidade).
Tenho observado isto neste ano eleitoral onde “lideranças” evangélicas tem se posicionado em relação ao pleito e cada um a sua maneira, mas todos em nome do seu divino e usando a Bíblia que se torna a segurança de suas palavras como se fossem os profetas do antigo testamento que antes de falarem ao povo diziam: Assim diz o Senhor Jeová... Entre outras maneiras.
Acontece que tais lideres usam a Bíblia não para dar a palavra mais segura, mas me parece que suas palavras já caíram na vala comum á algum tempo.
Observo também nos tele-evangelistas que para provar que a prosperidade realmente existe sugam até o final cada um de seus membros, e caso não chegue esta alegria da finança sem fim é por que não possui a fé que “move montanhas” num misto de paralisia mental e recriação de uma nova humanidade que se impede a usar o cérebro e isto não é só com os mais simples, sem cultura ou pobres, recentemente li no blog WWW.coisado.com o testemunho de um médico que queria deixar tudo para viver a prosperidade pregada á cada esquina dos locais que tenho vivido.
Um evangelho pirata que afasta o crente da necessidade de parecer com Cristo a cada dia já que Cristo não poderia ser visto na maioria das igrejas.
Entendo que ,assim como a denuncia feita no inicio do filme, pirata pode financiar mazelas pelo evangelho,pirata cria pessoas ruins que vive um mundo do tamanho de seus umbigos, de suas caixas de crendices exotéricas e místicas sem caráter cristão que ao contrario de Cristo não se preocupa com o todo e tudo, um evangelho que religa o todo ao divino e todos por todos.
Quero muito deixar de olha para isto e quando estou conseguindo alguém compra um avião para viver sua realidade religiosa e no contra-sensos seus liderados passam fome para poder suster sua luxuria e isto faz renascer a minha vocação profética de denuncia e renuncia.
Bom, preciso deixar que o nome do blog preste seu serviço e te convido a dialogar sobre o assunto.
Até breve, enquanto o breve for nosso futuro...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

RUANDA, ELISEU E NOSSAS AÇÕES (NÃO) COMPASSIVAS


Por Fábio de Mattos


Faz algum tempo que assisti no Globo News uma reportagem sobre como estão vivendo os sobreviventes do genocídio em Ruanda, em 1994. Isso me fez recordar muitas coisas que já li e ouvi sobre essa tentativa de exterminar o povo tutsi nesse país africano. Mais de 800.000 pessoas dessa etnia foram mortas, na sua maioria por golpes de paus e facões.

O Filme ”Hotel Ruanda” de 2004 traz esta história contada de maneira muito fiel (segundo alguns historiadores). Nesse filme me chama a atenção um diálogo entre um cidadão ruandês e um repórter europeu que trabalhou cobrindo os fatos desse terrível conflito. O diálogo foi mais ou menos esse:

Ruandês: “Você veio, isso é bom. Você é estrangeiro, e quando mostrar essas imagens para o mundo, eles virão no ajudar!”

Repórter: “Não. Eu sinto muito, mas eles não virão.  Sabe por que eles não virão? Porque eles não se importam. Estarão em suas casas, jantando na frente da TV quando ouvirem as notícias do que está acontecendo aqui. Por um instante eles vão parar de comer e comentar, lamentando sobre o que estão vendo, sobre o que esta acontecendo aqui, mas depois voltarão a comer e em breve esquecerão.” 

Esse pequeno diálogo nos mostra um pouco do que aconteceu em Ruanda no ano de 1994. Esse acontecimento chocou o mundo, mas parece que não o suficiente para que se tomassem medidas externas eficazes contra o massacre. Os motivos para tal omissão podem parecer os mais variados: política, poder, dinheiro, medo, etc. Mas quando paramos para pensar melhor e refletir olhando para a vida de Jesus, a resposta mais coerente me parece ser a de que realmente faltou compaixão por essas pessoas. 

Em todo o mundo, milhares de líderes políticos e pessoas influentes de todas as áreas da sociedade fecharam os olhos para Ruanda. A Igreja em muitas partes do mundo fechou os olhos para Ruanda. Cristãos fecharam os olhos para Ruanda. Por favor, entenda por Ruanda: pessoas, famílias, histórias de vidas cheias de sonhos.  

Certa vez conversando com a mãe de um adolescente que eu e alguns amigos procuramos ajudar por algum tempo, ela me disse as seguintes palavras: “Moço dê alguns conselhos pro Eliseu (nome fictício), pois eu não quero perder mais um filho por causa de drogas.” Infelizmente não pude ou talvez não tenha me esforçado o bastante (realmente ainda não sei) para ajudar Eliseu. No dia 15 desse mês recebi a notícia de sua morte e agora, com freqüência me vem à mente as palavras de sua mãe. Esta mulher é um exemplo dos gritos angustiados da realidade pobre e abandonada das periferias brasileiras e do mundo. 

A Ruanda de 16 anos atrás necessitou de socorro, mas ele foi negado pelo resto do planeta. Há tempo, porém, para agirmos diferente em nosso próprio contexto de caos, repleto de pessoas oprimidas e sem amparo. Em nosso meio as pessoas estão pedindo socorro, muitas vezes de maneira silenciosa, sufocadas por seus sofrimentos e angustias. Os “Eliseus” e suas mães, pais, esposas e filhos estão por aí. Em cada esquina é possível encontrá-los. Em cada rua é possível ouvi-los. Resta para nós tomarmos a decisão de não nos omitirmos e assim como fez Jesus, sermos compassivos e agirmos. Estamos necessitados de vivermos e praticarmos a missão de Deus (Missio Dei) na sua integralidade. 

Sola Cristhus.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

AS PESSOAS COMO PRIORIDADE

      Por Anderson Dias
 No ministério de Jesus nós vemos a priorização da vida, ou seja, das pessoas. Não há nada mais importante para Deus do que gente, mas nós temos invertido isso, pois valorizamos demasiadamente instituições, denominações, espaços físicos confortáveis, e não há nada de errado em gostar dessas coisas, porém quando deixamos de investir no ser humano (ajuntar tesouro no céu Mt 6,19) e nos preocupamos com nossos prédios, e diga se de passagem alguns são faraônicos, nós perdemos a razão de ser igreja, pois ficamos tranquilamente trancados nessas quatro paredes ( igreja ), reféns da nossa cômoda mentalidade egoísta e arrogante, enquanto em nosso redor existem pessoas morrendo de fome, escravizadas pela miséria, morrendo nas filas de hospitais, por que o estado que deveria socorrer, é insensível aos problemas sociais em geral. E nós como igreja estamos inseridos neste contexto, mas é como se estivéssemos isentos de qualquer responsabilidade. Contudo, aos domingos ficamos extasiados com nossos sermões que nos ensina abstratamente como ser cristãos, mas não nos leva a prática do evangelho, choramos ao cantarmos belos hinos, e isso tudo é muito lindo e necessário, mas não deve ser prioridade. 
Peço a Deus que no exercício da nossa vocação, nunca deixemos ser seduzido por esse “capitalismo eclesiástico” que tem por prioridade o lucro em detrimento as pessoas.


    

sábado, 16 de outubro de 2010

OS EVANGÉLICOS E A SUA PARTE NA CORRUPÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA

POR FÁBIO DE MATTOS

Em muitos países do mundo há corrupção nos mais diversos níveis de poder. Parece que quanto mais o tempo passa, mais os homens que governam as nações politicamente independentes do mundo se corrompem no governo. No Sudão, no Iraque, na Argentina, no Bolívia, na Itália, na China ou em outros países a corrupção faz parte dos cenários políticos.

No Brasil, convivemos com uma das realidades políticas mais corruptas do mundo. A cada ano que passa nos deparamos com homens e mulheres que agem como se a população fosse sem vontade e opinião próprias. Sarney, Genoíno, Arruda, Pita, Maluf, Sergio Moraes, Daniel Dantas entre outros, olham para as câmeras de televisão e discursam como se nada do que se investiga, processa ou se denuncia sobre eles fosse verdade. Arnaldo Jabor diz que isso é a “desmoralização do escândalo“, pois nem ele, o escândalo, é respeitado mais. Diz ele isso, pois crê que a verdade já foi desmoralizada e perdida há muito tempo no meio político brasileiro.

No lado "evangélico" desse caos, muitos políticos crentes, nos quais os cristãos são orientados a votarem, dão testemunho irresponsável, nocivo e pecaminoso. São mais corruptos do que podemos imaginar. Lembro-me de quando participei de uma reunião de pastores de certa denominação. Um dos pastores, na época deputado federal pelo Rio Grande do Sul, falava sobre como outro pastor também deputado federal, mas por Minas Gerais (reeleito neste ano), o encorajava a participar de algumas atividades ilícitas para poder enriquecer. Confesso que isso não me surpreendeu, pelo menos não tanto quanto deveria.

Em quanto isso, milhões de crentes brasileiros acreditam ser Deus que esteja levantando alguns destes homens para governarem o Brasil. Creio plenamente, não ser vontade de Deus colocar homens e mulheres egoístas, hipócritas e que se dizem pastores, mas que infelizmente parecem serem ordenados somente pelas denominações, mas não comissionados por Deus. Não quero generalizar, mas infelizmente me parece que uma grande parte dos políticos brasileiros, incluindo os evangélicos, são corruptos de uma maneira ou outra. Existem bons políticos, mas me parece não serem a maioria. No congresso nacional, de cada dez deputados, quatro respondem a processos judiciais, ou seja, esses são os que praticam atividades ilícitas de maneira a serem notados. Existe outra porcentagem que infelizmente ainda consegue se esconder do Ministério Público e da mídia.

Em quanto muitos usam as igrejas brasileiras como maneira de alavancar as campanhas políticas, outros vão além, usam a estrutura eclesiástica como ferramenta para oprimir outros pastores e membros das igrejas. Fazem da organização uma diabólica ferramenta que transveste objetivos e interesses próprios em “propósitos divinos”. Concordo com Paul Freston, acredito que a Igreja, como corpo de Cristo, deva influenciar politicamente a sociedade de maneira que beneficie toda a sociedade e todas as pessoas e não somente as denominações, quem é crente ou se esconde atrás do status de evangélico.

Neste ano em que já votamos uma vez, gostaria de poder ver todos nós votando com mais consciência nesse segundo turno. O pecado esta no ato de votar mal, e votar mal pode ser votar em um político não crente ou em um crente. Que possamos votar levando em conta o caráter do candidato e não sua religião. Que possamos levar em conta se ele tem valores familiares e morais e não se tem influência dentro de determinada denominação. Que possamos levar em conta se ele ama a Deus de verdade e não se ele é eloqüente e persuasivo! Quando alguém governa debaixo de corrupção ou simplesmente governa mal, pessoas deixam de estudar, comer, morar, crescer como deveriam. Para um político corrupto, uma vida não vale nada, mas nosso consolo e que para Deus uma vida vale tudo. A missão da Igreja é integral, diga não a políticos corruptos.

Sola Christus!

DO RESGATE DOS 33 MINEIROS NO CHILE

     Por Guiherme La Serra

O mundo presenciou através da mídia os sessenta e nove dias em que trinta e três trabalhadores chilenos passaram isolados num buraco de quase setecentos metros de profundidade no deserto do atacama. Eles passaram dezessete dias sem ter a certeza de que iriam ser resgatados, ficaram quase sem comida, sem água e sem oxigênio, mas não sem esperança! Uma terrível tragédia, um erro de cálculo, apenas um acidente? O que eu sei é que não foi Deus que os colocou naquele buraco, mas sei também que Deus estava o tempo todo lá com eles! Nos momentos de crise de dor de desespero de quase desesperança quem tem nos sustentado? Quem tem estado conosco? Vejo que a culpa daquelas pessoas quase terem sido soterradas e mortas não foi Dele, mas Ele estava lá para manter viva a esperança.


Quais motivos levam a humanidade a se arriscar ir tão fundo? Será o capitalismo ou será mesmo as necessidades? Que riscos valeriam uma vida sequer subtraída a tantos metros de profundidade? Diante das dores que nos afligem e da própria morte, não vejo que simplesmente “Deus quis assim”, Ele sempre será a favor da “vida”! Ele não quis assim, mas com certeza ira utilizar essa experiência para o crescimento daqueles homens.


Aqueles que se entregarem e não tiverem a convicção de que o tempo todo estavam acompanhados por Deus, provavelmente irão declinar e desenvolver algum tipo de patologia advinda do trauma vivenciado naquela experiência. Mas aqueles que tiverem no coração a convicção de que não estavam sozinhos, verão assim como o primeiro grupo quão pequeninos são diante da vida, mas, porém com uma grande diferença. Sairão de lá mais fortes, mais humanos, mais felizes, e experimentaram uma vida plena servindo ao próximo, amando mais a família, valorizando mais os amigos, não ficarão mais inertes, verão que o amor nascente num coração grato não produz bondade passiva.


Existem etapas em nossas vidas onde somos forjados para algo que vira adiante. Todos nós passamos por momentos extremamente dolorosos desde o momento em que existimos. São nos momentos onde acreditamos chegar ao limite, onde sentimos as mãos da pressão nos empurrando com violência no sentido da linha tênue que nos separa da vontade de viver e do desejo de não mais existir é que estaremos sendo trabalhados. Não são raras as vezes que ouso diante dum momento de dor ou da dor alheia alguém se levantar e dizer “Deus quis assim”. Tudo bem! Como eu mesmo disse, eu creio que são nos momentos de crise que somos refinados, forjados, preparados, mas isso não quer dizer que Deus preparou tal momento para que sofrêssemos!


Quando olho para as mazelas que afligem o nosso mundo, vendo a fome que atinge grande porção das crianças no planeta, não consigo simplesmente conceber que “Deus quis assim”. Quando ligo a televisão e ouso mais um caso de violência contra uma crianças indefessa, como posso supor que “Deus quis assim”? Um nasce numa favela outro nasce num palácio e Deus quis assim? Um revira o lixo para se alimentar e o outro se empanturra de mec lanche feliz até se sentir tão pesado que mal pode se levantar da cadeira, e, “Deus quis assim”?


Como pode Deus querer tanto mal, tanta dor, tanto sofrimento? Como pode Deus querer tanta fome, tanta violência tanta opressão? Não, não foi Deus que quis assim! Isso tudo é simplesmente fruto de pessoas que diante de Deus todos os dias resolvem dar um passo para traz! A comida que sobra na nossa mesa é a comida que falta na mesa do próximo! Será mesmo que Deus desejou um mundo extremamente capitalista, consumista, narcisista, um mundo hedonista onde o que importa acima de tudo é o bel prazer, o próprio conforto? Qual será o sentimento de Deus ao ouvir aqueles que dizem “cada um por si e Deus por todos”? Deus sempre será por todos, mas enquanto cada um for por si, não serão todos que poderão desfrutar da paz que Deus tanto deseja para os seu filhos!


Como eu disse e retomo, todos nós passamos por momentos difíceis, sejam crises pessoais advindas de escolhas erradas, sejam momentos de dores advindas de práticas de injustiça de pessoas que nos cercam, ou até mesmo vindas de nossas próprias crises que nascem da comparação que fazemos de nos mesmos com os outros. Crises da intensa luta para não se amoldar ao sistema, ou para se amoldar a ele.


Até que pelo livre arbítrio doado pela graça não se concretize o atingir do alvo da plenitude, estaremos fadados as crises e sofrimentos gerados em e para nos mesmos! Deus não quer a opressão dos seus filhos, pelo contrário, se entristece com tal e o tempo todo nos convida a combatê-la, o tempo todo nos apresenta caminhos que nos leva para longe da dor. Deus não nos obriga a segui-lo, porém é tão amoroso que utiliza a dor que nos mesmos geramos para nos transformar naquilo que antes dela deveríamos ser. Leonardo Boff vai dizer que “Crise é oportunidade de crescimento” Já que a experimentamos por livre escolha, que deixemos Deus nos moldar enquanto nela.


Um psicólogo convidado a dar seu parecer referente ao resgate dos mineiros chilenos disse para os reportes que diante de uma experiência traumática e dolorosa existem duas possibilidades, a de perder a vontade de viver e entrar numa profunda depressão, ou a gratidão de se ter uma nova chance e passar a enxergar a vida a partir de um novo paradigma.


Deus nos molda nesses momentos, nos prepara para algo que vira, abre os nossos olhos para enxergarmos quão pequeninos somos, quem confia e sabe em quem tem crido certamente saíra muito mais forte dos buracos da vida! Eu te pergunto! Quem até hoje tem te sustentado? Quem tem te guardado? Que tem estado ao seu lado nos momentos mais difíceis? Diante das nossas lutas que sejamos aqueles que nunca perdem a esperança mesmo nos momentos de intensa dor e desespero, simplesmente por sabermos que não importa onde estivermos ELE ESTARA LÁ CONOSCO!!!


“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”


(Romanos 8:38-39)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DE SUA SANTIDADE, O DALAI-LAMA:

Por Anderson

UMA ÉTICA PARA O NOVO MILÊNIO
"Quanto mais coisas vejo no mundo,mais claro fica pra mim que,sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não,todos desejamos ser felizes e evitar os sofrimentos.
Constato que, de modo geral, as pessoas cuja a conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que se descuidam da ética.
Tentarei mostrar neste livro o que quero dizer com a expressão'conduta ética positiva'. Cheguei a conclusão de que não importa muito se uma pessoa tem ou não uma crença religiosa. muito mais importante é que seja uma boa pessoa.
Estas declarações podem parecer estranhas, vindas de um personagem religioso. Porém, sou tibetano antes de ser Dalai-Lama, e sou humano antes de ser tibetano.
Portanto como ser humano, tenho uma responsabilidade muito maior para com toda a família humana- uma responsabilidade que na verdade todos nós temos."
(texto estraido do livro tempo de transcendência, Leonardo Boff)

INVESTIR EM VOCACIONADOS ESTÁ FORA DE MODA

Por Guilherme La Serra

Se existe algo que tem me deixado triste, é o descaso de algumas igrejas no que se refere ao investimento em missões. Vou mais além, “em vidas”, vidas que, dedicam suas vidas às missões. É triste! Muito triste mesmo o que vem acontecendo. Parece-me que uma onda vinda de algum lugar que não do Espírito Santo têm anestesiado alguns “lideres” de instituições eclesiásticas. Andando pelos corredores do seminário é comum encontrar alunos abatidos e desmotivados. Quando lhes são pedidas as razões de suas aflições, comumente eu ouso: “É! Não está fácil! Eu trabalho o dia todo, pego ônibus, ajudo em casa, e me desdobro para servir na igreja, e mesmo assim o único apoio que recebo, são dois tapinhas nas costas aos finais dos cultos de domingo”. Às vezes observo alunos travando uma intensa luta entre a vontade de aprender e o sono advindo do exaustivo dia de trabalho. Ouvi outro dia um dos nossos colegas dizer ao término de uma das aulas enquanto corria: “deixe-me correr, meu filho de cinco anos está me esperando acordado para jantar, tadinho ele não dorme enquanto o pai não chega”. E a igreja? Bom, a igreja nada! Eu, particularmente não posso reclamar, a minha igreja tem me dado as mensalidades do seminário, e meus pais ainda têm me dito “filho, eu sei que está difícil aqui em casa, mas enquanto nós pudermos eu quero que nesse período da sua vida você só estude e se prepare”. Meus mantenedores são meus pais. Se as igrejas entendessem o seu papel eu não precisaria ver meus amigos sofrendo tanto. Ser pastor não é profissão é vocação, eu não vejo ninguém no seminário dizer “vale a pena estudar durante quatro anos, pois quando sairmos daqui teremos conforto, o mercado é promissor”. Infelizmente eu vejo que para algumas igrejas a vocação está fora de moda, pois o que está na moda é modernizar o templo, estofar suas cadeiras, investir em ar condicionado, afinal, a concorrência está batendo a porta. Investir e apoiar vocacionados para o ministério pastoral se tornou coisa do passado, coisa do tempo em que o reino de Deus ainda era mais importante. É claro que não estou generalizando, mas orem pelos nossos lideres, orem por nossas igrejas, orem para que pessoas possam ter a oportunidade de se preparar para servir. Vivemos em tempos difíceis onde lideres e igrejas despreparadas não tem sabido dar respostas aos anseios da alma. Tempos em que se dizer evangélico ou pastor tornou-se motivo de desconfiança e piadas. Tempos em que as igrejas têm se tornado lojas de conveniências e clubes sociais. E principalmente, não tem investido nos cada vez mais raros, porém, futuros líderes da igreja brasileira. Precisamos desenvolver um triângulo onde vocacionados, igrejas, e seminários estejam ligados tendo Deus no centro. A única coisa que ainda me conforta é saber que Deus nunca perdeu e nem nunca perderá o controle da história. É tempo de caminharmos juntos em prol do reino de Deus. Eu o desafio a parar por alguns instantes diante do seminarista da sua igreja (se ainda houver) e lhe perguntar: “como vão as coisas, como anda o seu coração?”.