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segunda-feira, 25 de abril de 2011

A TEMPERATURA DE UM CRENTE

Por Fábio de Mattos

A Igreja Evangélica Brasileira esta cheia de líderes que gostam de usar jargões na sua comunicação com os fiéis. O resultado imediato disso é que grande parte desses fiéis acostumou usar esses mesmos jargões no seu dia-dia. Parte dessas palavras, na maioria das vezes pronunciadas sem sentido algum, se refere a temperatura “espiritual” dos cristãos.

“Crente fervoroso”, “crente cheio do fogo”, “igreja fria”, “crente sorvete”, “canela de fogo” e por aí vai. Geralmente esses jargões são usados para definir um cristão ou uma igreja que prioriza, ou não, supostas manifestações do Espírito Santo, como falar em outras línguas, pregar “gritando”, “cair no Espírito”, “profecias”, etc.

Anos desse tipo de prática, levaram a Igreja Brasileira a uma teologia de intimismo, com pouca prática ou relevância. Se priorizam as reuniões onde os crentes, de certa forma, se isolam, dando ênfase a uma linguagem estranha ao restante das pessoas. Essa forma de comunicação exclui ao invés de incluir as pessoas.

Quando penso em Jesus e sua vida na terra, suas atitudes, sua maneira de se comunicar com as pessoas e seus relacionamentos, me parece que hoje, em nossas igrejas de maneira geral, Jesus seria um estranho no ninho. Observando os Evangelhos, claramente percebo que, se existe alguma maneira de se medir a temperatura de um crente, essa maneira é sua relevância na sociedade, sua prática cristã através das obras e seu caráter transformado imitando o do próprio Cristo.

Solo Christus.

sábado, 2 de abril de 2011

Está cansado de igreja e crente carrancudos? Leia e comente este artigo.

Eu quero uma teologia que sorri

Perguntaram a um professor de teologia na Alemanha: “Jesus alguma vez sorriu?”, e ele respondeu: “Se ele sorriu não sei, mas sei que mudou a minha vida e, hoje, eu posso sorrir” [1].

Imagine a vida sem o barulho irresponsavelmente maravilhoso de uma gargalhada. Imagine o desenrolar humano sem a magia de uma tarde onde a gente ri de qualquer coisa. Sem a correria tresloucada das crianças, invadindo o “espaço sagrado” da sala onde os adultos conversam as mesmas chatices de sempre.
Ainda bem que podemos sorrir. Não somos escravos de uma existência cinza. Quem não gosta de uma história engraçada? Que atire a primeira pedra quem nunca tirou um sarro de alguém. Você já riu de si mesmo após uma queda? Já rolou de rir? Por que será que o cristianismo alimenta uma espiritualidade sisuda?
Fazer teologia também pode ser sinônimo de algo prazeroso. Não preciso trancar meu coração para falar do Deus que me ama. Não preciso fechar as janelas da alma para que a luz que há em mim fique aprisionada. Não posso ver a teologia como carcereira de uma intelectualidade doída. É libertador encontrar alegria no ato mágico de pensar.
A própria imagem que se tem do teólogo sugere um indivíduo estranho: barbudo, velho, sisudo, óculos espessos e, ao falar, uma irritante mania de dificultar o entendimento com palavras estranhas, chatas e cansativas. Não é assim que se define um teólogo? Existe alguma imagem da alegria numa reunião teológica?   Onde está o humor no exercício teológico?
Com esse artigo, quero provocar sorrisos. Que você leia sem expectativas extremas, apenas como quem lê uma história engraçada ao lado de uma criança. Já fez isso? Esse artigo não é um tratado teológico (Deus me livre!), é uma travessura de um coração inquieto. Não quero meu nome como sinônimo de cansaço, mas como símbolo de sorrisos. Como disse um pastor amigo (e engraçado): “Eu sei que não sou imortal, mas faço o possível para ser inesquecível” [2]. Uma das melhores maneiras para ser inesquecível é gerar a alegria genuína em cada encontro.
De antemão, agradeço sua paciência e generosidade. Não deve ser fácil olhar para o universo da teologia – que tanto andou de mãos dadas com a rigidez – e propor o baile alucinante da alegria, mas (eu amo o “mas”) é magistral ter a opção de mudar. Se você me oferecer a chance de tentar, posso mostrar-lhe um outro caminho...
Como disse Northcote Deck: “Um cristão sem alegria é um difamador de seu Senhor”.


Sorria!
Teologia não é só para os “cara fechada”
           
Conta-se que um teólogo perdeu-se na selva africana. De repente, um grupo de canibais o aprisiona. O chefe da tribo, preparando-se para o “almoço” diz: “Finalmente, vou provar essa famosa sopa de abobrinhas!” [3]

Se você é teólogo, por favor, não fique com raiva de mim. Aliás, lembre do perdão!  O legal de conversar com teólogos é que dá para apelar para as Escrituras! Comecei esse capítulo com a anedota acima, pois ela traduz muito bem o que se pensa sobre o discurso teológico sem alma. Aquele amordaçado pelas palavras vazias. Aquele que os mais simples costumam atacar: “a letra mata!”. Mata mesmo, de tédio.
Não há nada mais chato do que ficar ao lado daqueles indivíduos que passam o tempo todo falando de si mesmos, suas conquistas acadêmicas, seus títulos, suas “descobertas”. Gabriel Perissé chama esse tipo de “PhDeus”, como o professor que falava, falava, referindo-se às conferências que ministrara, aos artigos que publicara, às premiações que recebera, às inúmeras viagens que fizera... Depois de meia hora monologando, suspirou, e disse ao amigo:
- Mas vamos falar agora um pouco de você, meu caro... O que achou do meu último livro?[4]

A tribo dos “cara fechada”
Fui criado numa igreja de caras fechadas! Tudo era pecado! Tudo era aterrorizante. Lembro de, ainda criança, perceber a ausência de sorrisos. Era estranho ouvir falar de um Deus da alegria, mas observar a fúria que habitava os discursos e a tristeza que morava nos olhos. Alguém disse que “virtude sem alegria é contradição”. Aquela era uma igreja bastante contraditória.
A tribo dos sem-sorriso ainda é grande. É a espiritualidade azeda. Uma espécie de teologia do rancor. Quanto mais pálido, mais santo. Quanto mais enjoado, mais poderoso. Quanto mais rude, mais crente. Esse “mais” é sempre menos. A maior alegria de um “cara fechada” é matar a alegria dos outros. Essa é a espiritualidade da guerra, onde o que interessa é amontoar destroços. Onde está a alma nisso?

Uma radiografia

Essa tribo possui algumas características sui generis:

Nunca brincam com os filhos: gente “santa” demais para brincar. Não perdem tempo com a família. Não sabem do que seus filhos gostam, a cor preferida deles, o que fazem aos sábados. São pais ausentes, a igreja consome todo seu tempo e energia. São mães oprimidas, que vivem numa tensão absurda entre os dogmas pesados de suas tradições e a leveza criança de seus filhos. Uma família sem alma.

Reclamam de tudo: Existe algo pior do que um indivíduo que reclama o dia todo? Quando está sol, é um suplício. Quando está frio, só a graça! Quando chove, é perseguição divina. Quando não chove, é maldição! Essa tribo não tem o dom da gratidão, pois é escrava da frustração. Reclama porque não encontra sentido para ser e viver, sua dor é não conferir significado à sua angustiante existência.

Sofrem da síndrome do imã: Tudo gruda neles! Maldição pega. Olho gordo pega! Macumba pega! Por isso, vivem de campanha em campanha. Vigília em vigília. Fazem votos, bebem água ungida, tomam banho de óleo da unção. Andam no corredor do sal grosso. Só falta colocar um galho de arruda atrás da orelha. São imãs existenciais de coisas ruins. E para piorar: eles acreditam piamente que isso é contagiante!

São profetas do caos: Só profetizam tragédias. Basta um olhar e pronto! Lá vem desgraça! Dependendo dos trejeitos, caras e bocas, a coisa é bem ruim. Se você tiver em casa alguma boneca de sua filha, ou boneco de herói do seu menino, vai ser a ilustração perfeita para a mensagem subliminar (música de suspense). Eles nunca profetizam bênçãos, pois partem de um raciocínio: você não está santo, portanto, sem chance, não há bênção para você!

        Vivem em guerra com a beleza: Não suportam pessoas bonitas. Os “santos” de caras fechadas só usam roupas “simples” (leia-se “horríveis”), alguns chegam a usar, numa única noite, todas as cores que possuem em seu famigerado “depósito” de roupas. É a síndrome da caixa de lápis de cor existencial. Eles não conseguem perceber Deus no belo, apenas encaram qualquer tipo de beleza como “o começo do terrível”, portanto, um monstrinho que deve ser destruído!

        Detestam a palavra sexo: A simples menção da palavra já é suficiente para causar calafrios e deixar seus rostos avermelhados (de raiva e vergonha). Mesmo inconscientemente, jogam toda a “culpa” do sexo em Adão e Eva safadinhos no Éden. Para eles, sexo é somente para a procriação (de preferência com todas as luzes apagadas e nenhum gemido!). Fogem do prazer como Elias de Jezabel (para ficar bíblico), não suportam o fato de que Deus criou o sexo, aliás, tentam todos os malabarismos “teológicos” para abafar essa gostosa verdade!

        Teresa de Ávila orou: “Das devoções tolas e dos santos de cara fechada, ó Senhor, livra-nos” [5]. Tenho feito essa oração ultimamente. Não precisamos alimentar essa teologia azeda, essa espiritualidade da feiura, esse evangelicalismo retorcido. O que nos torna evangelho é o que é bom e novo, “boas novas!”
        Eu quero uma teologia que sorri!


Vícios de uma religiosidade da fúria

            No âmbito do cristianismo, para não assumirmos que temos vícios, utilizamos uma gama gigantesca de eufemismos: manias, herança do tempo de pecado, “velho homem”, “Adão que insiste em não sossegar”, “espinho na carne”, e por aí vai... O problema é que sim, temos vícios! E não são poucos. Quanto mais legalista um “cara fechada” for, mais vício ele terá. É uma lógica quase inquebrável.

            Vamos observar alguns dos vícios dessa religiosidade da raiva:

            O vício da investigação: Esses investigadores divinos sabem tudo da vida alheia. Conhecem todos os “podres” de todo mundo, menos os deles! São especialistas em detectar deslizes. Se você tiver próximo de um erro, meu caro, eles já sabem! É o dom de re-velar (já que eles vão matar mesmo...). Essa espiritualidade à lá Sherlock Holmes, é responsável pela irritabilidade que muitos possuem quando o assunto é igreja. São especialistas na vida alheia, 007 da espiritualidade do oculto (hoje, antenada, transforma-se em “orkulto”, a “revelação” que usa o Orkut).

            O vício da miséria: É a síndrome do coitadinho! Uma falsa humildade que chega a beirar o absurdo. Alguns chegam ao cúmulo de descuidar da higiene pessoal (aí não há demônio que resista mesmo). Certa vez ouvi uma senhora orando: “Senhor, eu sou pior que o verme que se arrasta pelo chão, eu sou pior que os piores”. Fiquei pensando: e a transformação? E a mudança de vida? E a vida abundante (Jo. 10.10)? Eu posso até ter sido horrível, mas Cristo mudou minha vida, de modo que agora sou nova criatura (II Co. 5.17), filho amado do Pai. Essa espiritualidade mendiga é, no mínimo, esquisita. Sinto muito, mas não tenho vocação para ser indigente da teologia.

            O vício do extremismo: Esse tipo de gente é altamente extremista. Não suporta o fato bíblico de que precisamos ser pastoreados. Eles sentem-se donos absolutos de sua conduta. Não respeitam ninguém, pois, segundo suas convicções ninguém está acima deles. São tão santos que não precisam de rédeas. Seu extremismo flui para outras áreas: denominacionalismo ferrenho, teologias de alfaiate e cabeleireiro, rodas de capoeira eclesiástica (mais conhecidas como “vigílias de poder”), jejuns que beiram o suicídio (a tentativa de “quebrar o recorde” de Jesus, o objetivo é ficar uns quarenta e dois dias em jejum). Essa é a anorexia da espiritualidade. Quanto mais pálido, mais santo. Quanto mais amarelinho, mais angelical!

            São tantos vícios que vicia só em escrever! Essa teologia do vício é fruto de uma espiritualidade drogada. Uma sensação de que só o pico me confere significado. Leonardo Boff escreveu que “o problema da droga, não é a viagem, mas o retorno, quando não se suporta mais a realidade, e precisa viajar novamente” [6]. Esse evangelicalismo furioso (espiritualidade Al Qaeda) gera indivíduos cada vez mais perturbados, infelizes e chatos. Vou tomar um café (será que é vício?)

            Eu quero uma teologia que sorri. Uma teologia que não precise fazer caras e bocas, mas somente deleitar-se na reflexão que encontra a graça – e sorri. Quero apontar para uma intelectualidade da leveza, do abraço, do afeto. Uma cara de criança esperta que contagia e conquista, um convite para o encontro com o belo, o perfeito o santo.
            Chega dessa teologia amarga. Nem sabor de mel, nem de fel, mas sim o abençoado caminhar do equilíbrio. Sorria!

Alan Brizotti
Escritor, pesquisador das áreas de Espiritualidade e Filosofia. Articulista em diversos sites e periódicos teológicos. Atualmente reside em Goiânia – GO.



[1] Frase ouvida numa aula da teologia com Leonardo Boff, em São Paulo, 2002.
[2] Frase do pastor Alex Cardoso, Rio de Janeiro, em São Paulo, 2009.
[3] li essa anedota numa revista de filosofia, numa dessas tensas salas de espera de dentista, argh!
[4] PERISSÉ, Gabriel. Crônicas Pedagógicas. Ômega, Editora: São Paulo, 2006
[5] YANCEY, Phlip. Maravilhosa Graça. Editora Vida: São Paulo, SP, 2002
[6] Em uma entrevista para uma revista de Filosofia, em São Paulo, 2008

terça-feira, 15 de março de 2011

TEOLOGIA A PARTIR DA QUADRA DE BASQUETE

Por Fábio de Mattos

 Minha esposa e eu estamos novamente em nossa cidade natal. Santa Rosa, no Rio Grande do Sul não é nenhuma metrópole, porém é uma cidade pólo regional, industrializada e bem movimentada (para uma cidade de 70.000 habitantes). Estamos aqui, pois em abril estaremos de mudança para cá e viemos organizar algumas pendências.

Um dos motivos para esse retorno depois de cerca de cinco anos fora é que vou pastorear uma comunidade cristã. Luciane e eu também vamos nos engajar em um projeto social, que já está em andamento, mas agora vamos conseguir estruturar melhor alguns pontos.

 Essa comunidade surgiu da necessidade de se pastorear e comunicar o Evangelho a jovens que fazem parte dos movimentos de contracultura de Santa Rosa. Aos poucos eles foram juntos vivenciando o cristianismo, até que se decidiu constituir uma comunidade cristã. Boa parte dessa galera nós já conhecíamos, mas outros não.

 Hoje, depois do estudo bíblico que ministrei para cerca de dez pessoas, fomos bater uma bolinha na quadra de basquete em uma das praças do centro da cidade. Foi a segunda vez em uma semana e já percebi que esse ali será um dos meus locais para se fazer teologia por aqui.

Creio que a teologia precisa ser feita a partir do contexto social de cada comunidade local, pois penso que somente assim seremos relevantes às vidas das pessoas. O Evangelho é uma mensagem para a vida, portanto fazer teologia, para mim, é algo extremamente relacionado à prática cristã, e não somente à filosofia.

Quando falo em “fazer teologia”, me refiro a prática teológica a partir de um determinado contexto, como um esforço em oferecer respostas para suas inquietações e conflitos. Ali na quadra de basquete percebo o quanto Deus é simples. Ali na quadra de basquete, consigo sentir, talvez um pouco, o que Paulo Freire quis dizer quando disse: “Eu encontrei a Cristo nas esquinas das favelas!”.

Abração, fiquem com Jesus.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A incrível arte de olhar para fora do problema

A incrível arte de olhar para fora do problema


Saudações traseuntes deste blog.
 
O que me traz aqui é só para falar de um assunto que passa as vezes desapercebido por nós quando estamos olhando de dentro de nossos problemas, de dentro do olho do furacão.

Uns dias atraz eu estava com um problema que para mim não tinha quase nada a ser feito a não ser ficar muito triste e a ponto de chorar.

Liguei então para o Pr. Antonio Carlos Barro, conhecido como AC, e o chamei para conversar. Fomos em uma padaria próximo a casa dele e lá tomamos um refrigerante cada e comecei a minha fala cheia de dor e tristeza e no fundo esperava uma resposta tão emotiva quanto a minha fala, porém ele me surprendeu dizendo logo de cara: se chorar resolvesse seu problema eu iria chorar também. Aquilo me deixou meio sem saber o que fazer e estático sem reação e neste momento ele veio com o antidoto: _Fabio faça assim, assim e assim...

Bom, você deve estar curioso(a) pra saber se funcionou o que ele pediu que eu fizesse né; cinco dias depois eu já não tinha aquele problema e sim a solução toda pronta e foi menos doloros do que eu estava imaginando.

Lembra de Jesus no tanque de Betesda (Jo. 5:1-14) onde o paralítico ficava lá na frente do tanque esperando alguém que o levasse e o colocasse na aguá quando, dentro da crença, um anjo viria e movimentaria as aguás e o primeiro que entrasse seria curado. Jesus quando iniciou um diálogo com este irmão não entrou no centro de seu problema mas preferiu olhar de fora do problema e deu a solução, curou o paralítico sem a necessidade da água do tanque.,

Então me pergunto: _será que estamos olhando a solução onde não tem solução enquanto isto nosso problema toma invergadurar maior do que ele realmente tem?

Será que as vezes nosso problema não está sendo como uma coruja que para assustar quem esta próximo abre suas asas e fica maior do que realmente ela é?

Sim, eu sei que a vida não é facil e que temos grandes problemas nela mas sei também que temos grandes alegrias, motivos de festejar e ter pensamentos que fazem oposição a tristeza e o pesar.

Recentemente fui chamado junto com um grupo de músicos e cantores(as) da minha faculdade para cantar na colação de grau dos formandos de 2010 e entre as pessoas do grupo estava uma jovem chamada Tiemy.

Ela como todos nós sabia que por termos sido chamados em cima da hora (2 dias antes) teriamos um problemão para ensaios e para ter qualidade no evento.

Esta jovem então, trocando email comigo, via cada possíveis problemas que teriamos e me aletava e sempre dava uma saída pro mesmo e assim vi acontecer uma apresentação maravilhosa com o grupo no dia da formatura.

Meu amigo(a) acreditem eu não quero dizer como você deve agir e não quero dizer que descobrir o mapa da mina pra viver sem problemas mas posso te dizer com muito carinho que talvez seu problema só é tão grande por que você está bem no meio dele. Sabe quando os satélites tiram fotos de furacões e aparece um ponto branco bem no meio do espiral do furacão: este ponto pode ser você...

Tente fazer o exercíco de sair de dentro do problema, de não respirar o ar desanimador dele, de pensar nele como sendo apenas mais um desafio que te fará crescer.

Faça uso de suas capacidades criativas e veja o problema de fora e depois de risada quando perceber o quanto ele é pequeno em relação ao tamanho, a invergadura que você dava pra ele antes.

Bom, não preciso dizer que um bom caminho neste exercício é ter bons amigos(as) para conversar, ter o hábito de fazer devocionais e orações, papo sério com o Pai sempre, tudo isto é fundamental já que sozinho tudo fica mais difícil mas com a ajuda certa tudo caminha para uma solução saudável e pratica.

Ore a Deus e peça a sabedoria que vive pelas praças procurando quem a deseje e siga sua construção de vida e amadurecimento para que, muito antes do que possa imaginar, você tenha a certeza que a vida tem muitas coisas boas para te dar além do mundo resumido dos problemas.

Espero ter podido ajudar voce a pensar sobre este tema e assim possamos crescer, evoluir, amadurecer juntos.

Até breve enquanto o breve for nosso futuro...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DA JANELA DA MINHA SALA

Por Gui la Serra

















Da janela da minha sala deparo-me com inúmeras outras. Cada qual com sua cor de cortina, telas de proteção, ou grades. Apesar de perceptíveis diferenças todas foram construídas com o mesmo padrão de tamanho e formato. Aqui da janela da minha sala não posso ver, além.
De longe e de fora não vemos mais que cores de roupas e variados estilos. De fora, repara-se nos sapatos, na pele, no carro que chega à gravata, ou a bolsa que usa, ou não usa. Repara-se no vocabulário.
 De fora só é visto o que estando de fora pode ser ver, o que é muito pouco, e na maioria das vezes até forjado e nem sempre por motivos odiosos. Daqui da janela da minha sala só vejo janelas, cortinas e cores, assim me deparo refletindo sobre o que se passa no interior de cada sala, em cada lar, cada morada. Por fora vezes parecemos diferentes, vezes totalmente iguais.
Às vezes surgem notícias tristes de prédios que desabam, é muito triste vê-los, eles ficam lá, no chão, finalmente expostos a luz do meio dia. Esses prédios caiem por negligência de quem os habita, mais caem mais mesmo por negligência de quem constrói ao lado sem se preocupar com as estruturas.
Seus alicerces fracos podem também não suportar as tempestades ou terremotos. Olhando de fora, essa é a maneira mais triste de saber o que havia dentro. De longe as fachadas são bonitas, mas ninguém sabe o que há dentro delas. Daqui da janela da minha sala eu nunca saberei a não ser que desça, vá até lá e toque a companhia.
Observadores não relacionais descrevem somente fachadas e negam a Imago Dei, como já ouvi alguém dizer: “teologia não se faz da varanda”.   

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A 3° via é a Cruz


por Fabio Chalela

Olá transeuntes deste blog.
Recentemente ouvi uma mensagem de um pastor presbiteriano  de Nova Iorque que me deixou muito pensativo e muito mais animado com a Bíblia, minhas crenças, o evangélho e o ser humano.
Ele falava do texto do filho pródigo e de como o texto fala pra irmãos mais velho, "filho mais velho" e não apenas pra quem está desgarrado como o pródigo rebento da parabola proposta por Jesus.
É para os crentes mais antigos que ficam irados quando um desgarrado volta e tem mais atenção do pastor já que o "infeliz" desgarrado levou metade da herança e não trouxe nada de volta com ele e o bom pai ainda assim pega parte da herança do mais velho e festeja com o que voltou.
Fala de como crentes antigos acham que por estar sempre na igreja e fazendo a "obra" de Deus tem mais direitos e são melhores.
Fala de como o Pai quando nos resgatou dividiu a herança de seu único Filho para que pudessemos voltar a fazer parte das festas de sua casa.
Fala de mesmo que eu pense que sou bom, o filho mais velho disse ao pai: eu sempre estive aqui, sempre te obedeci, isto não é o que tem peso maior para o Pai e sim a volta para ver a salvação na casa paterna.
Minha bonda de (filho mais veho) e minha maldade (filho mais novo) não mostra que amo mais ou menos o Pai, na verdade o filho bom e o mal demonstram o mesmo desprezo ao pai e apego aos seus bens.
Bom, me senti impulsionado a falar sobre a miserável teologia da prosperidade agora.
Mas, enfim, quem leu entendeu.
O que quero mesmo salientar é que a parabola fala da 3° via, fora dos meus achismo e de minha suposta bondade ou maldade. fala de uma Cruz que agrega gregos e troianos, baianos e goianos, bons e maus, morais e imorais, homossexuais e heteros, ricos e pobres, cultos e incutlos você e eu e nossas divergências.
Vamos pensar mais sobre isto e mandem suas opiniões nos comentários assim podemos crescer juntos.
Até breve, enquanto o breve for nosso futuro.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O SONHO DE LUTHER KING CONTRA A INJUSTIÇA... NOSSO SONHO CONTRA A INJUSTIÇA

          Por Fábio de Mattos

          Martin Luther King Jr. foi um dos maiores líderes da história. Abaixo está um precioso vídeo, com partes de seu épico discurso na Marcha de Washington, em 1.963. Nele podemos ver todo o vigor e tensão da luta por igualdade racial nos EUA.

          "I Have a Dream", como ficou conhecido o seu mais famoso discurso, é uma obra prima, gerada da cede humana por justiça e igualdade. Esse pastor protestante e ativista político entrou para a história. Em 1.964 foi Prêmio Nobel da Paz e em 1.968 foi assassinado por causa de sua luta. 

         Que nós possamos seguir seu exemplo de liderança servil e sacrificial. Talvez, em nosso país e em toda América Latina, a luta que mereça tal dedicação e entrega da igreja, seja a luta contra a injustiça social e contra a corrupção política. 

         Há um clamor vindo daqueles que choram por justiça e por alimento. Esse clamor precisa ser respondido por todo aquele que ama a Cristo e acima de tudo por aqueles que lideram a igreja e a sociedade.

         Veja o vídeo e comente...(Vale muito a pena)

         Abraços e fiquem com Jesus.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Texto do blog de Marcos Botelho (www.marcosbotelho.com.br)

Li e gostei muito e repasso aos transeuntes deste blog.

Abraços. Fabio Chalela

Palhaços, evangelho e igreja

           Tenho que confessar algo para vocês, eu não gostava de palhaço na minha adolescência. Foi de um tempo para cá que comecei a entender e apreciar mais essa figura chamada palhaço.
            O palhaço é um personagem que não se satisfaz com o momento presente, ele quer ver além da situação. Vou explicar melhor:certa vez, ouvi de um teólogo que viver é saber conviver com o sofrimento. E provavelmente ele está certo, mas o palhaço diz que a tristeza não é o fim.
            Ao contrário do que muitos pensam, o palhaço não veio trazer apenas a risada, ele veio trazer alegria. E o que mais me fascina é que essa alegria ele traz às suas custas. Com um nariz vermelho e uma roupa nada convencional, ele faz de tudo para mostrar às pessoas que a alegria está bem ali do lado dela, é só ela esticar a mão e pegá-la.
           Tenho visto palhaços que trabalham em hospitais e fazem de tudo para trazer mais alegria e qualidade de vida àqueles pacientes. Se for preciso, eles cantam, falam bobeira, se fazem de bobos e até se acidentam para tirar um sorriso e alcançar a árvore da alegria que está logo ali. “A felicidade é uma arvore de belos pomos, ela sempre esta onde nós a pomos, mas nunca a pomos onde nós estamos”. Vicente de Carvalho.
           Deve ser por isso que fiquei tão encantado com a arquétipo do palhaço, pois ele vai ao cerne do evangelho, à felicidade do outro, mesmo que seja às próprias custas. Ao citar o principal mandamento, Jesus fala de amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Precisamos lembrar que ele estava citando o antigo testamento, mas Jesus mostrou com sua própria vida que o seu evangelho vai mais além. Ele mostrou que não é apenas amar como a si mesmo, mas sim às custas de si mesmo, se for preciso.
           No filme Patch Adams, um estudante de medicina luta para transformar um hospital em um lugar mais pessoal, menos sério e carrancudo, um lugar com espírito de criança. Mas por causa disso foi perseguido,  pois o hospital “deveria” ser um lugar sério onde os doutores fossem respeitados e reverenciados.
           Acredito que não são só os hospitais que precisam entender a alegria que os palhaços entenderam e melhorar a qualidade de vida de quem está lá, penso que o trânsito, os escritórios, as escolas e, inclusive a igreja, precisam experimentar mais alegria.
           É isso mesmo, as igrejas! Onde está escrito que a igreja precisa ser um lugar sério onde a alegria não entra? Acredito em um Deus que se alegra quando seus filhos se alegram.
Certa vez Jesus falou que “quem não for como uma criança não entrará no reino do céu”. Acredito em uma igreja mais alegre, com um espírito de criança, onde os seus membros possam encontrar refúgio espiritual, comunhão e muita alegria. Se os palhaços entenderam esta mensagem de Jesus, podemos também entender.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BBB POR LUIZ FERNANDO VERíSSIMO (por email, porém recentemente vi uma entrevista do Verríssimo dizendo que este texto não é dele mas que poderia ser pois ele concorda)

Por Fabio Chalela

BIG BROTHER BRASIL
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.  Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

  (esta parte cabe uma analise pessoal já que a construção de nossos valores também precisa ser revista- Fabio).

Um abismo chama outro abismo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

A UNÇÃO DE BENNY HINN


          Por Fábio de Mattos

          Para você, leitor do abertoaodialogo, o que é unção?
          Para Benny Hinn é isso (veja o vídeo):


          Dando uma olhada na Bíblia e na história do cristianismo, me parece que unção tem muito mais haver com o serviço cristão e com o testemunho prático da fé em Cristo, do que com eventos mirabolantes e "sobrenaturais".

          Aliás, se Deus criou tudo o que é natural (a criação em si, as leis da física, etc),  por que queremos sempre que Ele aja sobrenaturalmente? Se Deus criou a conciência humana, por que Ele se preocuparia em nos deixar inconscientes ou em êxtase?

          Penso que um cristão com um equilibrado senso crítico, é mais relevante que um cheio da "unção" de Benny Hinn!

          Abraços e fiquem com Jesus.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A VIDA COMO ELA É...

por Fabio Chalela

Olá transeuntes deste blog.

Hoje é dia 18 de janeiro do ano corrente e estivemos a noite em uma célula que nossa igreja tem em uma comunidade carente. Saimos de lá com fome e decidimos tomar um lanche em um local perto de casa. Quando descemos do carro vi três crianças, não tinham mais que 14 anos passaram por nós e passaram pela lanchonete e olharam pra dentro.

A cena me chamou a atenção e vi a sombra deles voltando. Nisto pedi a carteira da Tati e peguei a minha do bolso e coloquei na cueca  e eles entraram com armas em mãos e pedindo dinheiro, carteiras e celulares de todos.Foram para o caixa pegaram o que puderam e atiraram na direção dos chapeiros porém o tiro pegou no exaustor.
Correram na avenida e sumiram no véu negro da noite.

Tive uma reação de segui-los mas fui impedido por uma voz que chorava e chamava pelo meu nome, voltei, era minha Tati.A consolei, dei água e disse pra ela que podia fazer o que quisesse já que não acho que nessas horas devemos dizer o que as pessoas devam fazer.
Voltamos para casa, comemos o lanche e dei um calmante pra Tati que, já mais calma foi durmir.

Algumas considerações sobre a cena vivida:

1- vou repensar sobre gostar de filmes com armas e violência;
2- programas de TV pra mostrar traição, familias destruidas, drogas e armas deveriam ficar 5 anos sem existir pra vermos se mudaria os índices de violência em todas as estâncias ( mais claro: novela)

A vida como ela é quer me ensinar algo hoje, vou pensar muito.

Até breve, enquanto o breve for nosso futuro.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SEM MUITAS PALAVRAS - 01

Por Guilherme La Serra


SILAS MALAFAIA

E O SEU GULS TREAM G4 NO VALOR DE 80 MILHÕES. COMPROU DIAS DEPOIS DE TER PEDIDO R$ 900.00 REAIS AOS SEUS TELESPECTADORES PROMETENDO UMA BENÇÃO FINANCEIRA BASEADA NUMA MISTURA DE BíBLIA COM NUMEROLOLOGIA.
NUMEROLOGIA? ISSO É BÍBLICO?


EDIR MACEDO

E O SEU GLOBAL EXPRESS AVALIADO EM
85 MILHOES. QUEM COMPROU PRA ELE?
TEM TANTA GENTE PASSANDO FOME NAS RUAS! COM 85 MILHÕES DARIA PRA  MATAR A FOME DE QUANTAS PESSOAS?








RENÊ TERRA NOVA

ESSE É O FALCON DO PASTOR. POR ESSAS E OUTRAS QUE A CADA DIA OS CRISTÃOS DE RAIZ EVANGÉLICA TEM TIDO CADA VEZ MENOS CREDIBILIDADE PERANTE A SOCIEDADE. SERÁ QUE JESUS PREGARIA UM SERMÃO QUE TE FARIA TER MEDO DO CAFANHOTO PARA COMPRAR UM AVIÃO PARTICULAR?






"...ENTÃO, UM MESTRE DA LEI APROXIMOU-SE E DISSE: "MESTRE, EU TE SEGUIREI POR ONDE QUER QUE FORES" JESUS RESPONDEU: "AS RAPOSAS TÊM SUAS TOCAS E AS AVES DO CÉU TÊM SEUS NINHOS, MAS O FILHO DO HOMEM NÃO TEM ONDE REPOUSAR A CABEÇA". (Mateus 8. 19-20).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

RAZÃO, CHARUTOS E WHISKY... SIM, O AUTOR DE "AS CRÔNICAS DE NÁRNIA" ERA CRISTÃO!

Por Fábio de Mattos

Está nos cinemas já há algumas semanas, o terceiro filme da série “As Crônicas de Nárnia”, produzido pela FOX. O filme é baseado no quarto livro da série com mesmo nome de Clive Staples Lewis. O escritor irlandês C.S. Lewis, como se tornou mundialmente conhecido, foi professor de literatura medieval nas universidades de Cambridge e Oxford. O que talvez poucos brasileiros saibam, é que Lewis era cristão, e um entusiasmado pela pessoa de Cristo.
           Teólogo por vocação, C.S. Lewis foi uma das vozes mais ouvidas na Europa durante a segunda Guerra Mundial. Nessa época, Lewis pregava freqüentemente na Rádio BBC de Londres. Milhões de pessoas em toda a Europa ouviam suas mensagens. Lewis ficou conhecido como o “Apóstolo dos Céticos”, pois argumentava convencidamente sobre Cristo e os atributos da fé cristã. Outros o chamaram de “o porta-voz não oficial do cristianismo”, pois Lewis apesar de ter sido um filósofo e teólogo cristão nato, nunca havia sido ordenado formalmente, nem por sua denominação - Anglicana -, nem por igreja alguma.
             Lewis foi amigo do escritor John Ronald Reuel Tolkien, mais conhecido como J.R.R. Tolkien, o famoso escritor da trilogia “O Senhor dos Anéis”. Na verdade foi Tolkien quem mais influenciou na conversão de Lewis. Tolkien era católico e foi um dos responsáveis em mostrar para Lewis que Cristo e razão não andam necessariamente em direções contrárias. C.S. Lewis escreveu a série as “Crônicas de Nárnia” depois de sua conversão e até hoje essa série de sete livros já foi traduzida para cerca de 40 idiomas. Uma curiosidade é que a série não foi escrita em ordem cronológica, o que demonstra o quão brilhante era o autor.

              A conversão de Lewis marcou também sua atuação como um  apologista cristão dos mais apaixonados. Ele tinha entusiasmo verdadeiro por Cristo, sabia que deveria pregar aos necessitados e escrever àqueles que estavam sedentos pelo amor de Deus. Ele escreveu cerca de outros 30 livros com temas relacionados à fé cristã. As pregações que proclamou através da BBC nos anos 40 foram compiladas e se tornaram um livro: “Cristianismo Puro e Simples”. O autor de “As Crônicas de Nárnia”, que foi professor em Cambridge e Oxford, que apreciava charutos e whisky, era sim cristão, e daqueles que continuam a influenciar gerações.
            
            É impactante para minha vida a intensidade com que Lewis viveu, escreveu, ensinou e pregou. Converteu-se depois dos 30 anos de idade e ainda assim foi tão marcante para seu tempo, que seu legado ainda hoje continua vivo e influenciador, como o próprio Lewis escreveu.

“Assim como os ossos secos se batiam e se ajuntavam naquele tenebroso vale de Ezequiel, agora também um teorema filosófico, cerebralmente aquecido, começava a agitar-se e erguer-se, lançando longe o que estava morto e pondo-se de pé para tornar-se presença viva.” C. S. Lewis. (tradução livre)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ANTONIO CARLOS BARRO - VOCÊ RECISA LER...

Por Fabio Chalela


Saudações transeuntes do blog.


Você já leu os artigos, comentários de AC Barro? Idealizador e fundador da Faculdade Teologica Sul Americana (http://www.ftsa.edu.br/) que a anos prepara homens e mulheres para todos os setores da vida tendo como base de ensino o relacionamento e biblía. Acabo de ler um artigo seu sobre nossas "boas" intenções e deixo o link ai para você ler se desejar e segui-lo pois vale muito a pena.

http://coisado.com/505.html


Até breve, enquanto o breve for nosso futuro

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PESSOAS QUE SE IMPORTAM COM PESSOAS NA ERA DOS MEGA TEMPLOS


Por Fábio de Mattos
Na era dos mega templos, quem ofertaria 130 mil reais para a compra de um espaço relativamente pequeno, em um bairro pobre na terceira maior metrópole da região sul do Brasil para a realização de trabalho de relevância social? Quem ofertaria? Neste tempo em que se priorizam status e hierarquias nas igrejas evangélicas brasileiras, quem se importa com o trabalho de servir os menos favorecidos? Essas perguntas me foram respondidas nessa semana que passou.
Há aproximadamente um ano e meio, minha esposa Luciane e eu servimos e freqüentamos uma comunidade chamada Refúgio, na cidade de Cambé, na região metropolitana de Londrina. Esse trabalho iniciou há 11 anos, com o evangelismo de pessoas consideradas excluídas da sociedade, como garotas de programa, travestis e moradores de rua. Hoje, além do evangelismo, o Refúgio é uma comunidade cristã que congrega cerca de 70 pessoas e ainda uma ONG, que atende aproximadamente 80 crianças e adolescentes.
 Desde setembro desse ano, começamos(comunidade) uma campanha na internet para arrecadar 130 mil reais para que pudéssemos comprar o prédio, pois o proprietário havia colocado o imóvel a venda e o prazo para que saíssemos do imóvel era janeiro de 2011. O desafio foi lançado, mas até semana passada havíamos conseguido arrecadar 11 mil reais. Parecia que iríamos mesmo ter que sair do prédio que usamos hoje, não fosse uma grata surpresa.
Um grupo formado por alguns irmãos de diferentes igrejas de Brasília e que tem uma organização que investe em projetos missionários e de cunho social, ofertou 130 mil reais para a compra do prédio. Anônimos, que se importam com o Reino de Deus, que não usam organizações para se promover, mas sim para servir ao próximo. Esses irmãos acreditaram no simples, mas impactante trabalho social e de evangelismo realizado pela Comunidade e Associação Refúgio. Outras pessoas, também interessadas em ajudar, ofertaram quantias menores, mas igualmente importantes. Algumas delas nunca estiveram em Londrina ou Cambé. 
           Ontem foi dia de festa em nosso culto por aqui. As lágrimas que correram dos olhos de minha esposa foram um sinal de quanto era esperada essa notícia, foram um sinal, de que provamos mais uma vez da bondade de Deus, usando pessoas que se importam com outras pessoas. Na época dos mega templos, ainda vale apena continuar investindo no frágil e necessitado, ser humano.

            Paz de Jah para todos vocês.