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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

INVESTIR EM VOCACIONADOS ESTÁ FORA DE MODA

Por Guilherme La Serra

Se existe algo que tem me deixado triste, é o descaso de algumas igrejas no que se refere ao investimento em missões. Vou mais além, “em vidas”, vidas que, dedicam suas vidas às missões. É triste! Muito triste mesmo o que vem acontecendo. Parece-me que uma onda vinda de algum lugar que não do Espírito Santo têm anestesiado alguns “lideres” de instituições eclesiásticas. Andando pelos corredores do seminário é comum encontrar alunos abatidos e desmotivados. Quando lhes são pedidas as razões de suas aflições, comumente eu ouso: “É! Não está fácil! Eu trabalho o dia todo, pego ônibus, ajudo em casa, e me desdobro para servir na igreja, e mesmo assim o único apoio que recebo, são dois tapinhas nas costas aos finais dos cultos de domingo”. Às vezes observo alunos travando uma intensa luta entre a vontade de aprender e o sono advindo do exaustivo dia de trabalho. Ouvi outro dia um dos nossos colegas dizer ao término de uma das aulas enquanto corria: “deixe-me correr, meu filho de cinco anos está me esperando acordado para jantar, tadinho ele não dorme enquanto o pai não chega”. E a igreja? Bom, a igreja nada! Eu, particularmente não posso reclamar, a minha igreja tem me dado as mensalidades do seminário, e meus pais ainda têm me dito “filho, eu sei que está difícil aqui em casa, mas enquanto nós pudermos eu quero que nesse período da sua vida você só estude e se prepare”. Meus mantenedores são meus pais. Se as igrejas entendessem o seu papel eu não precisaria ver meus amigos sofrendo tanto. Ser pastor não é profissão é vocação, eu não vejo ninguém no seminário dizer “vale a pena estudar durante quatro anos, pois quando sairmos daqui teremos conforto, o mercado é promissor”. Infelizmente eu vejo que para algumas igrejas a vocação está fora de moda, pois o que está na moda é modernizar o templo, estofar suas cadeiras, investir em ar condicionado, afinal, a concorrência está batendo a porta. Investir e apoiar vocacionados para o ministério pastoral se tornou coisa do passado, coisa do tempo em que o reino de Deus ainda era mais importante. É claro que não estou generalizando, mas orem pelos nossos lideres, orem por nossas igrejas, orem para que pessoas possam ter a oportunidade de se preparar para servir. Vivemos em tempos difíceis onde lideres e igrejas despreparadas não tem sabido dar respostas aos anseios da alma. Tempos em que se dizer evangélico ou pastor tornou-se motivo de desconfiança e piadas. Tempos em que as igrejas têm se tornado lojas de conveniências e clubes sociais. E principalmente, não tem investido nos cada vez mais raros, porém, futuros líderes da igreja brasileira. Precisamos desenvolver um triângulo onde vocacionados, igrejas, e seminários estejam ligados tendo Deus no centro. A única coisa que ainda me conforta é saber que Deus nunca perdeu e nem nunca perderá o controle da história. É tempo de caminharmos juntos em prol do reino de Deus. Eu o desafio a parar por alguns instantes diante do seminarista da sua igreja (se ainda houver) e lhe perguntar: “como vão as coisas, como anda o seu coração?”.

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