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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

OS EVANGÉLICOS E A SUA PARTE NA CORRUPÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA – PARTE 2 – As Escolhas do Pastor José Wellington Bezerra da Costa


Por Fábio de Mattos
“Claro que temos irmãos na igreja que têm vocação para a política, mas penso também que pastor não se deve envolver nesses assuntos. São como água e óleo: igreja de um lado, política de outro.”
O trecho acima é uma declaração do presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, publicada na edição nº 144 da revista evangélica Eclésia. Não vou abordar aqui o conteúdo das colocações do Pr. José Wellington nessa entrevista, nem suas opiniões sobre a relação entre igreja e política divulgadas pela revista (opiniões que discordo da maioria). O que gostaria de comentar aqui é a constrangedora mudança de postura desse líder denominacional conhecido em todo o Brasil.
Na reportagem da Eclésia, divulgada ainda durante a campanha do primeiro turno às eleições presidenciais, o Pr. José Wellington ainda afirma que “Nosso candidato é Jesus Cristo”. Essas são falas de alguém que no primeiro turno das eleições não quis apoiar nenhum candidato a presidência do Brasil, pelo menos não de maneira formal.
A questão central que quero comentar não é a de se a igreja deve ou não se posicionar a favor ou contra determinados candidatos. Quero sim tratar sobre o abismo de divergências que há entre as falas de José Wellington no primeiro turno e seu apoio irrestrito a Serra no segundo turno das eleições presidenciais, já que todos nós pudemos ver suas declarações de apoio a Serra na televisão durante a campanha do segundo turno.
Porque o Pr. José Wellington se omitiu no primeiro turno, inclusive deixando de apoiar formalmente Marina Silva, que é assembleiana? Porque sua posição aparentemente contra ao apoio da igreja a candidatos políticos mudou tanto em poucos dias? São perguntas pertinentes que qualquer cidadão com o mínimo de censo crítico deve se fazer, ainda mais sendo cristão.
Parece-me notável que em alguns segmentos evangélicos Marina sofreu uma espécie de boicote político nessas eleições. Marina, além de ser mulher, dialoga muito mais com as Teologias da Missão Integral e da Libertação do que com os modelos fundamentalistas disseminados por esses mesmos segmentos. Talvez por isso houvesse resistência em se apoiar formalmente sua candidatura, até mesmo porque Marina não se apoiou nas amarras políticas e eclesiásticas em que normalmente se apóiam os candidatos evangélicos.
O Pr. José Wellington fez o que parece ser uma escolha desprovida de honestidade. Seu comportamento aparentemente volúvel contribui para a corrupção na política brasileira, pois confunde aqueles que o seguem e acreditam em seus conselhos.
O mais triste é que esse não é um caso isolado. As escolhas feitas e posições tomadas que são motivadas por interesses pessoais ou organizacionais são constantes no cenário político brasileiro, e a igreja, infelizmente tem sua parte nisso. Líderes como o Pr. José Wellington poderiam ser usados por Deus para transformarem a realidade corrupta da política no Brasil, porém... parece que o “prato de lentilha”[1] está demasiadamente saboroso. Que Deus seja misericordioso com todos nós.


[1] Referência a troca que o personagem bíblico Esaú fez com seu irmão Jacó. Esaú trocou (vendeu) a benção da primogenitura por um prato de lentilhas com pão.

2 comentários:

  1. No primeiro ano em que Lula concorreu e venceu, a Renascer era contra o PT.
    pouco antes das eleições que deram ao Lula a vitória para o segundo mandato, encontrei um dos líderes da denominação que estava bem chateado.
    Perguntei qual era o problema. Ele disse que o Estevan havia orientado a todos para votar no Lula.
    Jogo de interesses amigo...
    A sujeira que existe de toda forma de poder onde Cristo não é -VERDADEIRAMENTE - o centro...
    Claudio Tibérius
    claudiotiberius.blogspot.com

    Valeu pelo conteúdo...

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  2. Valeu Cláudião pelo comentário.
    O duro é saber que Cristo acaba sendo apenas um instrumento, para na verdade, tornar as pessoas nas igrejas massa de manobra política.
    Abração.
    Fábio de Mattos

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