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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O DEUS HUMANO E OS DESUMANOS

Por Guilherme La Serra

No palco da desumanidade, gritaram com ardor e orgulho a respeito do Mestre, “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação...”.

Na platéia igualmente desumana instalada há frente da cena pleiteada pela injustiça, uma multidão impelida por satisfações cruéis gestava ansiosa a concreção do espetáculo.

Eram como crianças no período escolar, aguardavam ofegante o som do badalar do sino que anunciara o término da aula para degustarem a briga contratada entre os amiguinhos no pátio da escola.

Conhece aquele alvoroço? Aquele! Aquele que em segundos junta um numero enorme de espectadores.

Eu lhes pergunto que mal fez o Mestre para ser alvejado por tamanha infâmia e injuria servindo de atração aos olhos dos desumanos?

Por um momento, como uma brisa silenciosa, Pilatos sentiu um toque em seu coração intocável, teve diante de todos uma sutil oportunidade de ser humano.

Triste escolha, entre ser humano e acabar com a festa optou por ser desumano.

Será que somos tão diferentes assim desse tal Pilatos, ou por vezes optamos por sermos desumanos para não acabar com a festa e negar a obtenção da popularidade entre os demais desumanos?

Foi o Mestre manchado pelo próprio sangue do medo suado no impopular Getsemine que falou certa vez a respeito do “amar ao próximo”.

Talvez tenha o Mestre pensado em desejar que amemos aos outros mais do que a nos mesmos, mas nos conhecendo pediu somente que os amemos como amamos a nos mesmos e nem assim...!

Antes de lhe tirarem o sangue ele sangrou de pavor no Getsemine por aqueles que insistiam gritando diante de Pilatos, “Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui”.

Como puderam fazer isso com o Mestre? Ele se tornou humano para ensinar o amor aos mesmos desumanos que o fizeram sangrar.

A lousa onde escreveu tamanha lição com sangue foi a cruz, cruz esculpida pelas mesmas mãos desumanas para qual o Mestre veio.

Será mesmo que somos tão diferentes assim daquele tal Pilatos, será que somos tão diferentes assim daquela desumana platéia, será que estamos tão longe assim dos fabricantes de cruzes?

O Mestre, o amoroso Mestre foi carpinteiro, trabalhava com madeira, e se algum dia esculpiu uma cruz, foi a sua própria!

Que deixemos de ser Pilatos, Platéia e fabricantes de cruz alheia! Vamos seguir o exemplo do Mestre, vamos ser humanos, pois nem mesmo glória alguma temos para esvaziá-la!

Nem glória temos, para, esvaziá-la!!! Que sigamos o exemplo do Deus humano que salva os desumanos, que sejamos humanos, pois como havia dito, “Nem glória temos para esvaziá-la”

Perdão Criador por negar todos os dias a humanidade negando minha própria humanidade.

Lucas 23

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